Dono do meu destino, capitão da minha alma
Devaneio da minha alma, força que extrai me da realidade, arrasta me por sólo infértil dessa terra maltratada.
Insanidade dizem ser a definição daquilo que não sabemos explicar em forma comum, a inabilidade de comunicar nossas idéias, portanto todos nós em dado momento somos considerados insanos, mas não se deve confundir insanidade com a falta de controle.
Insanidade ao meu ver talvez seja aquele momento em que eu tenho guardado na memória e que não consigo traduzir, ver o sol nascer à beira mar, os pés descalços com aquele leve desconforto da areia entre os dedos, a brisa da madrugada vindo de encontro trazendo aroma de algas marinhas, a solidão momentânea e a rápida sensação de que se está sozinho no mundo enquanto todo o mundo dorme.
Mas isso tudo é de fato fácil falar, difícil é mesmo o que se passa por trás dos olhos naquele momento, naqueles breves suspiros por entre uma respiração e outra, o tentar achar significado pelo motivo de tão bem estar e o por quê não conseguimos eternizar tudo aquilo.
Alguns insanos ao decorrer de suas vidas levaram sorte e acabaram definidos como gênios, seriam eles capazes de traduzir ao total tudo aquilo que realmente se passava em suas cabeças ? Quando falavam sozinhos, estariam eles tentando argumentar consigo mesmos por falta de alguém insano tanto quanto eles próprios ?
Até que ponto conseguimos ensinar nossa psique e adestrar nosso subconsciente à nosso favor e à ponto de atravessarmos aquela linha imaginária que conhecemos como limites ? Seriamos capazes de não mais adoecer em nossos corpos e mentes apenas com a força do pensamento e pelo livre arbítrio ?
"Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma".
- última parte do poema Invictus escrito por William Ernst Henley.
Um século depois de escrito, o poema "Invictus" foi o que manteve acesa em Nelson Mandela a esperança e a sanidade enquanto aprisionado em Robben Island cumprindo pena de trabalhos forçados.
Após ler a biografia de Mandela, e ter uma pequena porcentagem da idéia do tamanho que de fato esse personagem tem na história mundial, me deparei com esse poema, que trás palavras de força e determinação, e que não importa se ficaremos presos em nossas celas por 27 anos, seja ela numa África aterrorizada ou num escritório dentro de um arranha-céu, o importante é manter a sanidade da forma em que você acredita.
"Fora da noite que me encobre,
Negro como o poço de polo a polo,
Agradeço ao que os deuses possam ser.
Pela minha alma inconquistável.
Nas garras das circunstâncias.
Eu não recuei e nem gritei.
Sob os golpes do acaso.
Minha cabeça está sangrando, mas não abaixada.
Além deste lugar de ira e lágrimas.
Só surge o horror da sombra,
E ainda a ameaça dos anos
Encontra e me encontrará sem medo.
Não importa o quão estreito seja o portão,
quão repleta de castigos seja a sentença,
eu sou o dono do meu destino,
eu sou o capitão da minha alma"
William Ernst Henley (1849-1903)
NOSSA! MENINA!!!
ResponderExcluirQUE TEXTO!!!
TÔ TE SEGUINDO MIGAAAAA!!!
BEJIM
IRENE