quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Diga não ao aumento dos salários dos deputados, presidente, prefeitos, vereadores e ao Judiciário que está por vir.

=========================== A T E N Ç Ã O ========================

MOBILIZAÇÃO NACIONAL CONTRA O AUMENTO DOS PARLAMENTARES

Na última quarta-feira (15), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo 3.036/10 que iguala os subsídios dos parlamentares, dos ministros de Estado, do presidente e do vice-presidente da República aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O auto-reajuste de 61,8% no salário dos parlamentares vai provocar um impacto de R$ 1,8 bilhão nas contas dos municípios na próxima legislatura, segundo cálculo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), isso por que o aumento tem um efeito cascata.

O aumento gerou um descontentamento por parte da sociedade:
MOBILIZAÇÃO NACIONAL CONTRA O AUMENTO DOS PARLAMENTARES.

O Espírito Santo vai aderir a esta causa! Juntamente com as demais capitais do país, no dia 27 de Dezembro de 2010, segunda-feira, as 15h, vamos fazer uma concentração com cartazes, faixas e muito barulho, em frente à Assembléia Legislativa.

Venha de cara pintada, nariz de palhaço e traga sua vuvuzela para a manifestação.

DIGA NÃO AO AUMENTO!



Contato: 27 9996-6666 (Bruno) - guimaraescarneiro@gmail.com
Bruno Guimarães Carneiro

guimaraes_carneiro@hotmail.com ( MSN )

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

NÓS NUNCA TIVEMOS DEMOCRACIA ATÉ HOJE, Fábio Konder Comparato (*)

Reproduzo, abaixo, entrevista concedida por Fábio Konder Comparato aos jornalistas Cecília Luedemann, Hamilton Octavio de Souza e Tatiana Merlino, publicada pela “Revista Caros Amigos”, na edição 163, de outubro de 2010.

Tatiana Merlino - O senhor nasceu em Santos?

Fabio Konder Comparato - Não me perguntem se eu sou santista… (risos)

Hamilton Octavio de Souza – É santista?

Eu não torço mais para nenhum clube. Futebol é o ópio do povo (risos).

Tatiana Merlino – Mas, o senhor nasceu em Santos, em que ano?

Em 1936, de modo que daqui alguns dias eu farei, com a graça de Deus, 74 anos. Fiquei quatro anos morando no Guarujá, meu pai tinha um hotel lá. Depois, eu vim para São Paulo com a família. Tive uma formação de escola primária excelente. Até hoje tenho uma grande saudade das minhas professoras primárias, que eram professoras daquele tempo antigo, formadas no Elvira Brandão, muito sérias. Depois, eu cursei o Colégio São Luís; de modo que eu fui formado e deformado por jesuítas. Entrei na Faculdade de Direito em 1955, e terminei o curso em 1959. Depois, até 1963 eu fiquei na França, fazendo meu doutorado em Direito. Voltei para o Brasil e fui trabalhar em Brasília, com Evandro Lins e Silva, que era Ministro do Supremo Tribunal Federal. Lá trabalhei como secretário jurídico dele. Saí de Brasília com uma hepatite atroz, provocada pelo golpe de Estado de 1964. Em seguida advoguei, tornei-me livre-docente da Faculdade de Direito da USP e depois professor titular. Comecei lecionando Direito Comercial, mas depois me converti e passei a lecionar Direitos Humanos.

Tatiana Merlino – Na faculdade o senhor teve algum professor que o tenha influenciado?

O professor que mais me impressionou foi exatamente um professor de Direito Comercial. Acho que foi por ele que eu fiz isso…

Hamilton de Souza – Tinha a ver com Direitos Humanos?

Não. Mas, eu não lamento o longo período em que lecionei Direito Comercial, porque me permitiu entrar nos arcanos do capitalismo, desmontar toda a estrutura capitalista que enquadra a nossa vida social.

Tatiana Merlino – Como se deu sua conversão para os Direitos Humanos, por qual influência?

Foi, sem dúvida, por causa da Ditadura Militar. E, sobretudo, porque fui convidado por Dom Paulo Evaristo Arns para fazer parte da Comissão de Justiça e Paz, da Arquidiocese de São Paulo. E lá foi, realmente, um aprendizado. Dom Paulo foi um dos baluartes da luta pela defesa da dignidade humana. Lembro, apenas para dar uma ilustração, de como ele era, na época, procurado por aqueles que sofriam com os sofrimentos e a morte de seus familiares. O pai do Bernardo Kucinski, por exemplo, nunca se recuperou da morte da filha, Ana Rosa Kucinski. Até hoje não se sabe do paradeiro do cadáver dela. Ele ia procurar Dom Paulo todos os dias. Dom Paulo o recebia nem que fosse por 5 minutos. O objetivo que Dom Paulo deu para a Comissão de Justiça e Paz foi justamente o de divulgar todos os crimes do regime militar que nós soubéssemos. Então, vinham dezenas de pessoas, dizendo: “Meu filho desapareceu, estava na rua e foi preso. Nós anotávamos tudo isso, entregávamos para Dom Paulo, que ia regularmente ao quartel-general II Exército e entregava a lista dos desaparecidos ao General Comandante. Para que eles soubessem que nós sabíamos, e não inventassem mentiras, como fizeram quando mataram sob tortura o Luiz Eduardo Merlino, por exemplo: “Ele tentou fugir quando era conduzido numa viatura militar, foi atropelado e morreu.” A ditadura militar temia, sobretudo, as manifestações no exterior. É por isso que, hoje, nós temos que denunciar sistematicamente, no exterior, o acobertamento dos assassinos e torturadores do regime militar pelo Poder Judiciário. O Estado brasileiro tem receio disso. Quando meus filhos eram bebês, e viajávamos, minha mulher e eu para a França (íamos todos os anos, porque minha mulher é francesa), eu levava documentos nos cueiros deles. Eram relatos de atrocidades e listas de pessoas presas, mortas, desaparecidas. E, naquela época, nós entregávamos isso a um padre francês que morou cinco anos aqui no Brasil. E ele divulgava isso na Igreja Católica. Mas, a Igreja Católica, no Brasil, salvo algumas figuras exemplares, como Dom Paulo e Dom Helder Câmara, continuava firmemente conservadora.

Hamilton Octavio de Souza - Nesse período da Comissão de Justiça e Paz, o senhor já tinha participação em eventos, atos, com relação à Anistia, à luta pela redemocratização do país? Como o senhor atuava, o senhor tinha militância nesse tempo?

Eu não tinha uma participação muito ativa fora da Comissão de Justiça e Paz. Mas participava de alguns eventos públicos. Por exemplo, eu estive na Catedral de São Paulo, quando da celebração ecumênica da morte de Alexandre Vannuchi Leme. Eu lembro que, ao sair da Catedral, havia todo um aparato da polícia militar, com câmeras fotográficas, e ostensivamente abri o guarda-chuva e avancei em direção a eles para que eles não me fotografassem. Mas eles estavam fartos de saber da minha posição política. Eu não fui molestado, porque nunca me aproximei de nenhum partido ou movimento da esquerda. Mas, eles me acompanhavam. Numa certa época, eu comecei a trabalhar em banco, cheguei a diretor adjunto de um banco.

Tatiana Merlino - Simultâneo à Comissão Justiça e Paz?

Exatamente. E uma vez o diretor presidente do banco me chamou e indagou: “O que o senhor acha do terrorismo?” Saquei logo de onde vinha a pergunta. Respondi com outra pergunta: “Mas, qual deles: o oficial ou o outro?” Aí ele riu um pouco…

Tatiana Merlino - Como o senhor avalia o período da redemocratização e a justiça de transição, ou a inexistência de justiça de transição que houve no Brasil?

Esse é apenas um pormenor da manutenção íntegra e até hoje inabalada da oligarquia. Se há uma constante na História do Brasil, é o regime oligárquico. É sempre uma minoria de ricos e poderosos que comanda, mas com uma diferença grande em relação a outros países. Nós, aqui, sempre nos apresentamos como não oligarcas. A nossa política é sempre de duas faces: uma face externa, civilizada, respeitadora dos direitos, e uma face interna, cruel, sem eira nem beira. A meu ver, isto é uma conseqüência do regime escravista que marcou profundamente a nossa mentalidade coletiva. O senhor de engenho, o senhor de escravos, por exemplo, quando vinha à cidade, estava sempre elegantemente trajado, era afável, sorridente e polido com todo mundo. Bastava, no entanto, voltar ao seu domicílio rural, para que ele logo revelasse a sua natureza grosseira e egoísta. Nós mantivemos essa duplicidade de caráter em toda a nossa vida política.
Quando foi feita a Independência, estava em pleno vigor, no Ocidente, a ideologia liberal, e, devido ao nosso complexo colonial, nós não podíamos deixar de ser liberais. Então, iniciou-se o trabalho de elaboração da Constituição, logo em 1823. E os constituintes resolveram instituir no Brasil um regime liberal, com a instituição de freios contra o abuso de poder. Evidentemente, isso foi contado ao Imperador, que imediatamente mandou fechar a Assembléia Constituinte. Mas, qual foi a declaração dele? “Darei ao povo brasileiro uma Constituição duplicadamente mais liberal.” Eles não perceberam a aberrante contradição: uma Constituição outorgada pelo poder que era duplicadamente mais liberal do que aquela que estava sendo feita pelos representantes do povo. Bom, essa Constituição não continha a menor alusão à escravidão e dispunha: “São abolidas as penas cruéis, a tortura, o ferro quente.” Porque todo escravo tinha o corpo marcado por ferro em brasa. Essa marca era dada desde o porto de embarque na África. Pois bem, apesar dessa proibição da Constituição de 1824, durante todo o Império nós continuamos a marcar com ferro em brasa os escravos. A Constituição proibia os açoites, mas seis anos depois foi promulgado o Código Criminal do Império que estabeleceu a pena de açoites no máximo de 50 por dia. E é sabido que essa pena só se aplicava aos escravos e, geralmente, eles recebiam 200 açoites por dia. Houve vários casos de escravos que morreram em razão das chibatadas recebidas. E, aliás, a pena de açoite só foi eliminada no Brasil em 1886, ou seja, às vésperas da abolição da escravatura.
Em 1870, para continuar essa duplicidade típica da nossa política, como vocês sabem, foi lançado o Manifesto Republicano, aqui no estado de São Paulo. Esse manifesto usa da palavra democracia e expressões cognatas – como liberdades democráticas, princípios democráticos – nada menos do que 28 vezes. Não diz uma palavra sobre a escravidão. E, aliás, o partido republicano votou contra a lei do ventre livre no ano seguinte ao manifesto, em 1871, e votou até contra a Lei Áurea. Em 1878, votou a favor da abolição do voto dos analfabetos. A Proclamação da República, todo mundo sabe, foi um “lamentável mal entendido”, para usar a expressão famosa de Sérgio Buarque de Hollanda. E, efetivamente, o Marechal Deodoro não queria a abolição da monarquia, queria derrubar o ministério do Visconde de Ouro Preto. Mas aí, no embalo, os seus amigos positivistas o convenceram que era melhor derrubar a monarquia. Pois bem, até 1930, nós tivemos a República Velha, que, como dizia meu avô, foi substituída pela República Velhaca. E, por que foi feita a Revolução de 1930? Todo mundo sabe. As fraudes eleitorais.

Hamilton Octavio de Souza - São Paulo e Minas que comandavam as fraudes.

Sim, pois é. Foi feita a revolução para isso. Sete anos depois o regime desembocou num golpe de Estado, que suprimiu as eleições. A autoproclamada “Revolução” de 1964 foi feita em nome de quê? Leiam os documentos: a ordem democrática. Hoje, é preciso dizer que não é só no Brasil, mas no mundo todo que a palavra democracia tem um sentido contraditório com o conceito original de democracia. O grande partido da direita na Suécia, que agora chegou ao parlamento sueco, pela primeira vez, um partido xenófobo e racista, chama-se Suécia Democrática. E, num certo país da América Latina, como todo mundo sabe, o partido mais à direita do espectro político chama-se como mesmo?

Hamilton Octavio de Souza - Se chama Democratas.

Então, esta é a nossa realidade. É dentro desse quadro que se pode e se deve analisar o processo eleitoral. Ou seja, nunca dar o poder ao povo, dar-lhe apenas uma aparência de poder. E, se possível, uma aparência festiva, alegre. Essa disputa eleitoral, que nós estamos assistindo, ela só interessa, rigorosamente, ao meio político. O povo não está, absolutamente, acompanhando a campanha eleitoral. Vai votar, maciçamente, na candidata de Lula, mas para ele não tem muito interesse essa campanha eleitoral. Então, as eleições, o que são? São um teatro. Oficialmente, os eleitos representam o povo. É o que está na Constituição. Na realidade, eles representam perante o povo, são atores teatrais. Mas, com um detalhe: eles não se interessam pelas vaias ou pelos aplausos do povo. Eles ficam de olhos postos nos bastidores, onde estão os donos do poder. É isso que é importante.

De modo que, para nós, hoje, é preciso deixar de lado o superficial e encarar o essencial. O que é o essencial? Como está composta, hoje, a oligarquia brasileira. E como eliminá-la. Como está composta a oligarquia brasileira? Obviamente, há um elemento que permanece o mesmo desde 1500: os homens da riqueza. Só que hoje eles são variados: os grandes proprietários rurais, os banqueiros, os empresários comerciais, os grandes comerciantes. Mas o elemento politicamente mais importante da oligarquia atual é o dos donos dos grandes veículos de comunicação de massa: a imprensa, o rádio e a televisão. O povo está excluído desse espaço de comunicação, que é fundamental em uma sociedade de massas. Ora, esse espaço é público, isto é, pertence ao povo. Ele foi apropriado por grandes empresários, que fizeram da sua exploração um formidável instrumento de poder, político e econômico.
Hoje, os oligarcas brasileiros já montaram em esquema que torna as eleições um simples teatro político. É claro que eles não podem, em todas as ocasiões, fazer um presidente da República, por exemplo. Mas eles podem – e já o fizeram – esvaziar o processo eleitoral, tirando do povo todo o poder decisório em última instância e transferindo-o aos eleitos pelo povo; eleitos esses cuja personalidade, na grande maioria dos casos, é inteiramente fabricada pelos marqueteiros através dos meios de comunicação de massa.

O único risco para a oligarquia brasileira (e latino-americana, de modo geral) é a presidência da República, porque a tradição latino-americana é de hegemonia do chefe do Estado em relação aos demais Poderes do Estado. Se o presidente decidir desencadear um processo de transformação das estruturas sócio-econômicas do país, por exemplo, ele porá em perigo a continuidade do poder oligárquico.

Ora, Luiz Inácio Lula da Silva já demonstrou que não encarna esse personagem perigoso para a oligarquia. Ele é o maior talento populista da história política do Brasil, muito superior a Getúlio Vargas. Mas um populista francamente conservador, ao contrário de Getúlio ou de Hugo Chávez, por exemplo.

Mas o que significa ser um político populista? Populista é um político que tem a adesão muitas vezes fanática do povo, que tem um extraordinário carisma popular, mas que mantém o povo perpetuamente longe do poder. O populista conservador pode até, se isso agradar ao povo, fazer críticas aos oligarcas, mas mantém com eles um acordo tácito de permanência do velho esquema de poder.

Ora, isto representa a manutenção do povo brasileiro na condição de menor impúbere, ou seja, de pessoa absolutamente incapaz de tomar decisões válidas. O populista é uma espécie de pai ou tutor, que trata os filhos com o maior carinho, enche-os de presentes, brinquedos, etc, mas nunca lhes dá o essencial: a verdadeira educação para que eles possam, no futuro, tomar sozinhos as suas decisões. É um falso pai. O verdadeiro pai existe para desaparecer. Se o pai não desaparecer, enquanto pai, alguma coisa falhou, uma coisa essencial, que é a educação dos filhos para a maturidade. O fundamental do líder populista é que ele mantém o povo muito satisfeito, mas num estado de perpétua menoridade.

Tatiana Merlino - Por que o senhor acha que ele supera o Getúlio Vargas?

Porque Getúlio Vargas tinha, teve, até o fim, uma oposição ferrenha, raivosa, não de partidos políticos, eles não existiam, mas dos grandes fazendeiros de São Paulo. Aliás, fizeram até uma revolução em 1932. Além disso, ele era autoritário, por convicção positivista: a chamada “ditadura republicana”. Lula não, ao contrário do que se afirmou em um desatinado manifesto recente. Ele tem horror à coação, à violência. Ou seja, ele é o avesso de Getúlio. Basta ler Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, para se perceber que o regime militar de 64 não inventou nada. Foi uma reedição desse aspecto tenebroso de Getúlio.

Hamilton Octavio de Souza – Esse controle que o Lula exerce, como isso tem sido possível num país carente, com demandas seculares, desigualdade?

A mentalidade do Lula não é de raciocínio frio, ela é quase que toda dominada pela sensibilidade e a intuição. É por isso que ele tem lances geniais no desmonte da oposição. É um talento por assim dizer inato. E é por isso que todo esse pessoal do PT foi atrás dele, porque senão eles não subiriam, jamais. Não preciso dar nomes, mas nenhum deles tem o milésimo do talento político do Lula. Eles foram atrás e chegaram lá. Mas são todos infantis em política. Ao chegarem ao poder, procederam como a criança que nunca comeu mel: foram comer e se lambuzaram todos.

Mas, enfim, esse é o homem. Isso não significa que ele seja totalmente negativo. As boas coisas do governo Lula são mantidas por influência dos seus bons companheiros. E ele sabe ouvi-los, graças a Deus. Em matéria de direitos humanos, nós temos que reconhecer o trabalho admirável do Paulo de Tarso Vannuchi. Em matéria de educação, eu entendo que o Fernando Haddad fez um bom trabalho. Mas isso não compensa o lado extremamente negativo dos maus elementos que pressionam Lula. Sinto, por exemplo, que cede a tudo aquilo que o Nelson Jobim pede. Será preciso relembrar que, na véspera do julgamento da ação movida pelo Conselho Federal da OAB no Supremo Tribunal Federal sobre a abrangência da Lei de Anistia, Lula convidou todos os ministros do Supremo para jantar no Palácio do Planalto? Não é difícil imaginar o assunto que foi objeto de debate durante essa simpática refeição. Aliás, um ministro do Supremo Tribunal Federal me disse: “Comparato, você não imagina as pressões que nós recebemos…”

Tatiana Merlino – Do presidente?

Obviamente que do governo. Digamos que o Lula não tenha feito pessoalmente isso. Mas, ele também não pode ignorar que isto está sendo feito diante dele. Por acaso ele ignorava o esquema do mensalão?

Hamilton Octavio de Souza – A pressão é no sentido de se …

Dar anistia aos torturadores, assassinos e estupradores do regime militar, porque todos eles se declaravam defensores da ordem democrática. Logo após o golpe, em 64, eles se declaravam também defensores da civilização cristã.

Nesse ponto eu sigo o grande método da antiga Ação Católica: “ver, julgar e agir”. Que é, aliás, o método que nós procuramos seguir com os nossos alunos na Escola de Governo, aqui em São Paulo. Justamente, eu me esqueci de dizer que há 20 anos, juntamente com os amigos Maria Victoria Benevides e Claudineu de Melo, e também o saudoso professor Goffredo da Silva Telles Jr., nós criamos uma escola de formação de líderes políticos. No começo, procurávamos formar governantes. Hoje, nós tentamos formar educadores políticos. Pois bem, esse “ver, julgar e agir”, nós temos que utilizar para a situação política atual. Nós só podemos compreender a situação política atual, se tivermos a capacidade de enxergar por dentro as ações políticas, tanto do PT quanto do PSDB e dos demais partidos. E vamos perceber que há, como eu disse, um elemento que permanece incólume na vida política brasileira: é a oligarquia. Nós sempre vivemos sob regime oligárquico, pois o poder soberano sempre pertenceu à minoria dos ricos.

Tatiana Merlino – O senhor disse que as eleições não mudam nada a configuração da oligarquia. O senhor está se referindo às eleições de agora, ou de um modo geral?

De modo geral.

Tatiana Merlino - Como é possível mudar essa configuração?

Nós temos que saber como mudar e quais são os pontos fracos da oligarquia. Porque ela não existe no vácuo. Se ela se mantém, é porque o povo aceita esse estado de coisas. E por que o povo aceita? Em grande parte, porque ele acha que tem participação política através das eleições. Foi por isso, aliás, que o regime militar não as eliminou. Era preciso que o povo se sentisse participante e não mero espectador do teatro político.

Pois bem. Como é que nós podemos mudar isso? Nós temos que seguir dois caminhos convergentes. É preciso, ao mesmo tempo, transformar a mentalidade coletiva e mudar as instituições políticas.

O que significa mudar a mentalidade política? Ainda aí é preciso ver, julgar e agir. Nós temos uma herança de séculos, nas camadas mais pobres do povo, de servilismo e de dificuldade de ação comunitária. Nós sempre somos dispersos, disseminados, não sabemos agir por nós mesmo, e atuar em conjunto. Nós sempre aceitamos uma situação de dependência em relação aos que detêm o poder, esperando que esse senhor todo-poderoso seja benévolo e compreenda as dificuldades de povo. Durante séculos, mais de 80% da população brasileira vivendo no campo, este senhor foi o grande proprietário rural, senhor de escravos. Agora, com a urbanização, 80% da população brasileira é urbana, é uma inversão completa. Com a criação da sociedade de massas, foi preciso que esse poder se transformasse. Ele não é mais local e pessoal. É um poder geral e impessoal, de certa maneira invisível. Os “donos do poder” nunca entram em diálogo pessoal com o povo. Eles se servem do instrumental fantástico dos meios de comunicação de massa, para distração geral; para que o povo não pense em si mesmo e não enxergue o buraco em que está metido. Daí a intoxicação futebolística. Daí o fato de que a novela das oito na Globo ser protegida como um programa sagrado. Mas, concomitantemente, é preciso que exista uma liderança pessoal, e aí vem o populismo. Eu fico pensando que o advento do Lula em nossa vida política atual representou para os nossos oligarcas algo como ganhar o maior prêmio da megasena.

Cecília Luedemann - Depois do processo de redemocratização, com a entrada do PT no jogo político, e a transformação do Lula em alguém que poderia ser um Getúlio Vargas mais moderno, poderia ser um populista, foi feito um pacto capital e trabalho? É isso que nós estamos vendo hoje?

Hoje não existe mais organização do trabalho, o poder dos sindicatos é cada vez menor. Por outro lado, como disse, persiste nas camadas mais pobres do povo a mentalidade servil e a ausência de espírito comunitário.

Eu contesto essa palavra: redemocratização. Nós nunca tivemos democracia até hoje, porque democracia significa soberania popular, e soberania popular significa que o povo tem o poder supremo de designar os governantes, de fiscalizar a sua atuação, de responsabilizá-los, de demiti-los e de fixar as grandes diretrizes da ação estatal para o futuro.

É preciso ter instituições políticas para isso. Quais são? São várias. Qual é a lei maior? É a Constituição. A quem compete aprovar uma Constituição? Obviamente, a quem tem o poder supremo. Ora, o povo brasileiro nunca aprovou Constituição alguma. A Constituição atualmente em vigor já foi emendada, ou melhor, remendada até hoje 70 vezes. Em nenhuma dessas ocasiões o povo brasileiro foi chamado para dizer se concordava ou não com a emenda a ser introduzida na Constituição. É preciso começar, portanto, por dar ao povo o direito elementar de manifestar a sua vontade, através de referendos e plebiscitos. Ora, o que fizeram os nossos oligarcas? Puseram na Constituição, para americano ver, que referendos e plebiscitos são manifestações da soberania popular. Mas acrescentaram, em um dispositivo um tanto escondido que o Congresso Nacional tem competência exclusiva para “autorizar referendo e convocar plebiscito” (Constituição Federal, art. 49, inciso XV).

Como vocês veem, a nossa inventividade jurídica é extraordinária. Os deputados e senadores, eleitos pelo povo, são ditos seus representantes ou mandatários. Em lugar algum do mundo, em momento algum da História, o mandante deve obedecer ao mandatário. Bem ao contrário, este tem o dever de cumprir fielmente as instruções recebidas do mandante. Aqui, instituímos exatamente o contrário. O povo, dito soberano, só tem o direito de manifestar a sua vontade, quando autorizado pelos mandatários que escolheu…

Outro instrumento de verdadeira democracia, isto é, de soberania popular autêntica e não retórica, como a que sempre existiu no Brasil, é o recall, isto é, o referendo revocatório de mandatos eletivos. O povo que elege tem o direito de revogar o mandato do eleito, quando bem entender. Por exemplo, alguém se elege Prefeito e, antes de tomar posse, vai a cartório e lavra uma escritura pública pela qual se compromete a não renunciar ao cargo no curso do mandato. Dois anos depois, porém, renuncia ao cargo de Prefeito para se candidatar ao governo do Estado. Pois bem, se existisse entre nós o recall, tal como ocorre em nada menos do que 18 Estados da federação norte-americana, o povo daquele Município teria o direito de destituir o Prefeito que fez aquela falsa promessa.

Hamilton Octavio de Souza - Isso deveria entrar na reforma política que está sendo ensaiada há anos?

Pois, então, essa reforma política não se faz enquanto não se muda o centro de poder. Eu trabalhei seis anos no Conselho Federal da OAB. Isso que eu estou dizendo a vocês: desbloqueio de Plebiscito e de Referendos, facilitação de iniciativa popular, o recall, ou seja, o povo elege, o povo também institui… “Como é, senhor fulano, o senhor quando foi, se candidatou a prefeito e o senhor foi ao tabelião e fez uma declaração de que cumpriria o mandato até o último dia, depois o senhor, no meio do seu mandato de prefeito, o senhor se candidatou a governador do Estado. Pois bem, o senhor não merece a nossa confiança, vamos fazer um abaixo assinado para a realização de nova Consulta Popular. O senhor fulano de tal deve continuar exercendo cargo de prefeito? Não”. Ele é destituído. Isso se chama recall e existe em 18 estados da Federação Americana. Portanto, não se trata de uma manobra, de um instrumento revolucionário. E, aliás, Cuba não tem recall, como todo mundo sabe.

Hamilton Octavio de Souza – O senhor falou do povo ver reconhecidos os seus direitos. Como está esta situação dos direitos no Brasil? O que o senhor acha que funciona e o que não funciona?

Houve, sem dúvida, uma mudança nos últimos 30 anos, a partir do fim do regime militar. Mas, esse progresso é sempre lento, porque se faz sem organização. A função verdadeira dos partidos políticos deveria ser a formação do povo para que ele, povo, exercesse a soberania. É preciso, portanto, começar a criar outra espécie de partido político, que não persiga o poder para si, mas ajude o povo a chegar ao poder.

Nós temos no Brasil duas constituições. Pela Constituição oficial, “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente” (art. 1º, parágrafo único). Mas a Constituição real, a efetivamente aplicada, tem uma formulação diferente: “Todo poder emana dos grupos oligárquicos, que o exercem sempre em nome do povo, por meio dos representantes, por este eleitos”. Segundo ambas as fórmulas, o que conta é a impressão geral de que quem manda é o povo.

Hamilton Octavio de Souza - O senhor fala em formar novos partidos?

Exatamente. Hoje, no mundo inteiro, os partidos perderam a confiança popular. Li recentemente os resultados de uma pesquisa de opinião pública sobre confiança do povo em partidos políticos. Segundo essa pesquisa, no Brasil apenas 11% dos cidadãos confiam nos partidos. No mundo inteiro, ou seja, em 19 países onde foi feita a pesquisa, os partidos tinham a confiança de não mais do que 14% do povo. O que decorre, portanto, dessa pesquisa de opinião pública é que o povo passou a reconhecer que os partidos políticos agem em proveito deles próprios e não do povo. É indispensável e urgente, portanto, suscitar a criação de novos partidos políticos, com características verdadeiramente democráticas. Mas, isto é muito difícil, porque pressupõe uma mudança de mentalidade, o propósito de atuar politicamente em proveito do povo e não em benefício próprio.

Hamilton Octavio de Souza - O senhor falou em oligarquia, que nesse processo a oligarquia controla. O senhor chegou a dizer que a oligarquia é composta por empresários…

De militares também…

Hamilton Octavio de Souza - Militares, banqueiros e tal…

E do oligopólio empresarial dos meios de comunicação de massa. Ela conta, episodicamente, com o apoio episódico de algumas instituições, como por exemplo a Igreja Católica.

Hamilton Octávio de Souza - Essa oligarquia, aqui, vem conseguindo se manter com o poder, no Brasil, apesar das mudanças, mas é ela que continua ainda sendo… quer dizer, ela tem um comando, ela tem uma orientação, ela está ligada ao que se chama capital internacional?

Ela tem, evidentemente, uma orientação muito firme. Veja, por exemplo, os meios de comunicação de massa. Quando eu era jovem, alguns professores diziam: “Meninos, vocês têm que ler todos os jornais do dia.” Os jornais eram muito diferentes uns dos outros. Hoje, os grandes jornais dizem exatamente a mesma coisa, têm todos a mesma orientação. Só muda o estilo e muda cada vez menos. O estilo dos grandes jornais tende a ser o mesmo. As revistas: há revistas mais sensacionalistas, há revistas nojentas no que diz respeito à defesa de privilégios, todos nós conhecemos, não é? Mas, todas elas são fundamentalmente defensoras do sistema capitalista e da ausência de democracia autêntica. É óbvio. A rede televisiva controlada pela Igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, entrou recentemente em conflito com um grande jornal de São Paulo. Mas na defesa do sistema capitalista e do regime oligárquico, eles estão unidinhos.

Tatiana Merlino - Eu gostaria que o senhor falasse um pouco sobre a diferença entre os brasileiros e os outros países da América Latina que estão punindo os torturadores da ditadura. Por que o Brasil não consegue julgar esses torturadores da ditadura?

Porque nós somos dissimulados. Os hispânicos, em geral, são abertos e francos. A crueldade deles é aberta. A nossa é sempre dissimulada, sempre oculta, porque nós temos que dar uma aparência de civilização, de democracia… Nos países hispano-americanos, a repressão militar nunca foi escondida e eles tiveram o cuidado de pôr a justiça fora disso. Nós, não. Não só o Poder Judiciário continuou a funcionar normalmente, como a Justiça Militar, que em si mesma é hoje uma aberração, teve a sua competência ampliada. Então, quando houve a reviravolta no Chile, na Argentina, no Uruguai, todos os chefes de Estado do regime repressivo foram processados, julgados e condenados, além de dezenas de outros oficiais militares. No Brasil, em primeiro lugar, nem se sabe exatamente qual é a identidade de 90% dos torturadores, e, em segundo lugar, quanto aos grandes chefes militares é como se eles não soubessem nada disso, nunca ouviram falar de torturas. Vou mais além. No Brasil, os banqueiros e grandes empresários colaboraram claramente com o regime militar. Os banqueiros de São Paulo, como se sabe, fizeram uma reunião em São Paulo para angariar fundos para criar a Operação Bandeirante, que está na origem dos famigerados DOIs CODIs. Não passa pela cabeça de ninguém, hoje, infelizmente, que esses banqueiros são co-autores dos assassinatos, torturas e abusos sexuais de presos políticos, praticados no quadro da Operação Bandeirante e as operações policiais e militares que a sucederam.

Tatiana Merlino – O senhor disse que os casos no Brasil tem que ser denunciados, enfim, nas instituições internacionais. O STF interpretou que a Lei da Anistia anistiou os torturados. Esse caso pode ser levado para a Corte Interamericana de Direitos Humanos?

Ele já está sendo julgado.

Tatiana Merlino - Sim, mas com o caso da Guerrilha do Araguaia.

Sim, mas o caso do Araguaia é um aspecto do total. A Corte Interamericana de Direitos Humanos adiou o julgamento para novembro por causa das eleições no Brasil, para não dar a impressão de interferência nas eleições.

Hamilton Octavio de Souza - Pode haver uma condenação do Brasil nesta corte?

Sim. Aliás, o Estado brasileiro, os nossos dirigentes em geral, temem as acusações no exterior, porque isto porá a nu a nossa dissimulação no plano internacional. O Brasil quer sempre aparecer, na cena mundial, como um defensor intrépido das liberdades democráticas, da dignidade da pessoa humana, e até está aspirando a ser um dos membros permanentes do conselho de segurança da ONU.

Tatiana Merlino – Se o Brasil for condenado na Corte Interamericana de Direitos Humanos, quais as sanções que o Brasil vai sofrer?

Se a Corte Interamericana condenar o Brasil, ela vai exigir que seja revogada a Lei de Anistia de 1979, com a interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal. Mas o Brasil pode não cumprir essa exigência. E ficará, então, fora da lei no plano internacional. As consequências disso são indiretas, ou seja, isso vai ser levado em conta se o Brasil vier a pleitear, por exemplo, um cargo nas Nações Unidas, no Conselho de Segurança. Mas, não há um efeito direto.

De qualquer forma, isso certamente vai ser uma derrota política para a oligarquia brasileira. Há um projeto de lei da deputada Luciana Genro, interpretando a lei 6.683 de 1979, que é a Lei de Anistia. Então, é possível que eles digam: “Vamos aproveitar isso e dar uma nova interpretação, agora legislativa (ou seja, a chamada interpretação autêntica) para a Lei de Anistia.”

Isso, na melhor das hipóteses. Agora, se após essa reinterpretação da Lei de Anistia os criminosos do regime militar vão ser condenados, é outra história. A probabilidade de condenação antes de todos eles passarem desta vida para a melhor é praticamente nula.



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os 71 Traidores da Pátria que votaram contra os Brasileiros, no pré-sal.

Por 204 votos de um favor, 66 contra, 2 abstenções e 3 obstruções, OS deputados aprovaram nd Noite Desta Quarta-feira (1 º) o Projeto do marco regulatório do pré-sal, Que institui o Modelo de Partilha e CRIA o Fundo Social.

Os 71 Traidores (66 contra + 2 + 3 abstenções Obstrução) votaram contra o Povo Brasileiro Ficar COM UMA Maior parcela da Riqueza, e Entrega-las parágrafo OS Estrangeiros. Por ISSO o voto DELE Significa Que FOI UM voto de lesa Pátria, e de Lesar o Povo Brasileiro.

Tucanos e Demos São OS Traidores Partidos Mais do Brasil:

PSDB: 94% de Traição (34 contra e fazer 2 a favor)

DEMOS: 92% de Traição (22 contra e fazer 2 a favor)

PR: 33% de Traição (7 contra 14 e não um favor)

PPS: 25% de Traição (1 contra 3 e fazer um favor)

PV: 13% de Traição (1 * do contra Gabeira, e 7 a favor)

PDT: 13% de Traição (2 e não contra 13 a favor)

PSB: 11% de Traição (2 e não contra 16 a favor)

PMDB: 3% de Traição (1 * do contra Raul Henry, e 37 a favor)

PTC: Deputado PRESENTE tão um (Paes de Lira / SP) Obstrução e Fez.

PCdoB, PHS, PMN, PP, PRB, PSC, PSOL, PT, PTB tiveram uma tão votos a favor, nenhuma Traição.

O Levantamento nao Conta in Levou OS deputados faltosos, computando apenas OS Que compareceram à Sessão.

Relação dos deputados traíras:

AMAPÁ:

Lucenira Pimentel / PR / AP


BAHIA:

Fábio Souto / DEM / BA

Jorge Khoury / DEM / BA

José Carlos Aleluia DEM / BA

João Almeida / PSDB / BA

Jutahy PSDB / Junior / BA

CEARÁ:

Raimundo Gomes de Matos PSDB / CE /

DISTRITO FEDERAL:

Jofran Frejat / PR / DF

ESPÍRITO SANTO:

Luiz Paulo Vellozo Lucas / PSDB / ES

Capitão Assumção PSB / ES (Obstrução)


GOIÁS:

Sandro Mabel PR / GO

João Campos / PSDB / GO

Leonardo Vilela PSDB / GO

Professora Raquel Teixeira / PSDB / GO


MARANHÃO:

Davi Alves Silva Júnior / PR / MA

Pinto Itamaraty / PSDB / MA

MINAS GERAIS:

Marcos Montes / DEM / MG

Vitor Penido / DEM / MG

Ademir Camilo / PDT / MG

Júlio Delgado / PSB / MG

Eduardo Barbosa / PSDB / MG

Paulo Abi Ackel, / PSDB / MG

Rafael Guerra / PSDB / MG

Rodrigo de PSDB / Castro / MG


MATO GROSSO:

Wellington Fagundes / PR / MT

Thelma de Oliveira PSDB / MT


PARÁ:
Lira Maia / DEM / PA

Lúcio Vale / PR / PA

Nilson Pinto / PSDB / PA

Zenaldo Coutinho / PSDB / PA


PARAÍBA:

Rômulo Gouveia / PSDB / PB

Major Fábio / DEM / PB (Obstrução)


PERNAMBUCO:

Raul Henry PMDB / PE

Bruno Araújo PSDB / PE

Bruno Rodrigues / PSDB / PE


PIAUÍ:

José Maia Filho / DEM / PI

Júlio Cesar / DEM / PI


PARANÁ:

Alceni Guerra / DEM / PR

Cassio Taniguchi / DEM / PR

Eduardo Sciarra / DEM / PR

Luiz Carlos Setim DEM / PR

Alfredo Kaefer / PSDB / PR

Gustavo Fruet / PSDB / PR

Luiz Carlos Hauly / PSDB / PR


RIO DE JANEIRO:

Rodrigo Maia / DEM / RJ

Rogerio Lisboa / DEM / RJ

Andreia Zito / PSDB / RJ

Marcelo Itagiba / PSDB / RJ

Otavio Leite / PSDB / RJ

Fernando Gabeira / PV / RJ


RIO GRANDE DO NORTE:

Rogério Marinho / PSDB / RN

RORAIMA:

Francisco Rodrigues / DEM / RR

Sá / PR / RR

RIO GRANDE DO SUL:

Germano Bonow DEM / RS

Cláudio Diaz PSDB / RS


SANTA CATARINA:

Paulo Bornhausen / DEM / SC

Paulo Bauer / PSDB / SC


SERGIPE:
Albano Franco / PSDB / SE

Mendonça Prado / DEM / SE

Pedro Valadares / DEM / SE (Abstenção)


São Paulo:

Walter Ihoshi / DEM / SP

William Woo / PPS / SP

Duarte Nogueira / PSDB / SP

Emanuel Fernandes / PSDB / SP

José Stangarlini C PSDB / SP

Lobbe Neto / PSDB / SP

Silvio Torres / PSDB / SP

Vanderlei Macris / PSDB / SP

Fernando Chiarelli / PDT / SP (Abstenção)

Paes de Lira / SP / PTC (Obstrução)


TOCANTINS:
João Oliveira / DEM / TO



Pará ver uma votação completa (OS votos com um favor), os links clique nos:

http://www.camara.gov.br/internet/votacao/mostraVotacao.asp?ideVotacao=4484&numLegislatura=53&codCasa=1&numSessaoLegislativa=4&indTipoSessaoLegislativa=O&numSessao=210&indTipoSessao=E&tipo=uf


http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/2010/12/os-66-traidores-da-patria-que-votaram.html

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

NOTA PÚBLICA_Posição sobre anúncio do Governador Eleito Renato Casagrande

NOTA PÚBLICA


Bruno Alves Toledo


As entidades abaixo assinadas, na defesa intransigente da promoção dos direitos humanos, especialmente pela esfera governamental, como imperativo ético-legal necessário à afirmação da dignidade humana em terras capixabas, vêm a público manifestar sua contrariedade em relação aos últimos anúncios feitos pelo Governador Eleito do Estado do Espírito Santo, a saber:


1 – A realização dos direitos humanos, tais como expressos na Declaração Universal, nos Pactos Internacionais, nas Declarações Interamericanas, na Constituição Federal e nas demais leis ordinárias, não se efetiva de outra forma senão por meio de políticas públicas estruturadas de maneira democrática e condizente com o tamanho do desafio que significa promover a vida;


2 – O Espírito Santo, histórica e lamentavelmente, tem se demonstrado como um Estado violador dos direitos humanos em diversas de suas dimensões. Isso significa possuir um enorme passivo no que se refere ao papel do Estado, particularmente quanto à garantia de direitos para a população mais violentada pelas condições sócio-econômico-raciais;


3 – Nesse sentido, ainda durante o período eleitoral, foi construído o documento intitulado PACTO PELOS DIREITOS HUMANOS, amplamente discutido com entidades de direitos humanos e exaustivamente apresentado para os candidatos ao pleito 2010. Neste documento, tentava-se consolidar em torno de 14 pontos, aquilo que seria a agenda prioritária para os Direitos Humanos no próximo Governo, com destaque absoluto para a questão da violência, do sistema de segurança e justiça e a causa da adolescência em conflito com a lei;

4 – Da mesma forma, ultrapassado o período eleitoral, conversas de representantes dos Conselhos de Direitos Humanos e dos Direitos da Criança e do Adolescente foram feitas com a Comissão de Transição do Governador Eleito no sentido da efetivação das medidas historicamente pugnadas pela sociedade civil capixaba e que se colocam de forma urgente para o próximo período;

5 – Estranhamente, contudo, as entidades são surpresadas com o anúncio das decisões tomadas pelo Governador Eleito e que contrariam o acúmulo de toda a discussão que se estabeleceu até aqui, e ainda mais, fere à essência daquilo que se quer construir em termos de política de direitos humanos e de atendimento socioeducativo;

6 – A decisão de reformular a Secretaria de Justiça e transformá-la em Secretaria de Gestão do Sistema Penitenciário e Medidas Sócioeducativas é reforçar o mais do mesmo. Tratar o sistema socioeducativo na mesma concepção e sob o mesmo olhar que o sistema prisional é aprofundar o caos experimentado nas Unidades de Internação e ignorar as diretrizes da Declaração dos Direitos das Crianças e Adolescentes, do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE. Nunca é demais lembrar, que a UNIS encontra-se sob medida cautelar a que o Estado brasileiro responde junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos em Washington (EUA) por tudo aquilo que tem significado para os adolescentes internos e a presente decisão, que será por nós comunicada à OEA, só agrava a situação;

7 – Da mesma forma, a decisão de reformular a Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social e transformá-la em Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos demonstra o pouco interesse pela promoção efetiva de ambas as políticas, tanto a de assistência, quanto a de Direitos Humanos. È preciso aqui ser enfático em afirmar que a Política de Assistência, tal como preceitua a Lei Orgânica da Assistência – LOAS e o Sistema Único de Assistência Social – SUAS, é de complexidade tamanha a exigir uma estrutura própria. Reestruturar a SETADES, tarefa urgente e necessária, deve significar fortalecê-la com orçamento digno e com pessoal técnico efetivo e não somar a ela uma outra política tão complexa quanto, que é a de Direitos Humanos;

8 – Em nenhum momento foi por nós aventada a possibilidade de que a Secretaria de Direitos Humanos fosse um apêndice. Isso porque entendemos, assim como indica a construção do Sistema Nacional de Direitos Humanos, que promover políticas de garantia de direitos de crianças e adolescentes, da juventude, da igualdade racial, da igualdade de gênero, da diversidade sexual, da educação em direitos humanos, do combate à tortura e dos três programas de proteção a pessoas ameaçadas (PROVITA, PPCAAM e PPDDH) não é algo menor que se possa fazer dentro de uma Subgerência de uma Secretaria;

9 – Nesse sentido, as entidades signatárias da presente nota pugnam para que estas decisões sejam revistas o quanto antes e que o Governador Eleito e sua equipe de transição estabeleçam com a sociedade civil organizada um diálogo permanente em nome do aprimoramento das políticas públicas e pelo fortalecimento da democracia capixaba;

Vitória/ES, 02 de dezembro de 2010.


CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS HUMANOS

CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

MOVIMENTO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS / ESPÍRITO SANTO

PASTORAL DO MENOR DA ARQUIDIOCESE DE VITÓRIA

CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DA SERRA – CDDH/SERRA

CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOD DE COLATINA – CDDH/COLATINA

CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DE JOÃO NEIVA – CDDH/JOÃO NEIVA

CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DE ATÍLIO VIVÁCQUA – CDDH/ATÍLIO VIVÁCQUA

CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM – CDDH CACHOEIRO

FÓRUM ESTADAL DE JUVENTUDE NEGRA DO ESPÍRITO SANTO – FEJUNES

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Congresso em comemoração aos 80 anos do curso de Direito da UFES


SEMANA JURÍDICA

EM COMEMORAÇÃO AOS 80 ANOS DO CURSO DE DIREITO DA UFES.

ABERTURA (9/11/2010 – Terça-Feira - MANHÃ – 7:30h)

• Palestrante: José Luiz Quadros de Magalhães – UFMG
Doutor em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professor titular da PUC - MG, professor da UFMG. É pesquisador do Instituto de Investigações Jurídicas da Universidade Autônoma do México e professor convidado do doutorado da Universidade de Buenos Aires. Membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG; Procurador Geral da UFMG; Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos de Minas Gerais.


TEMA: O Estado Plurinacional.


Palestrante: Daury César Fabriz – UFES
Doutor em Direito pela UFMG. Atualmente é professor da UFES. Professor do programa de pós-graduação (mestrado) em direitos e garantias fundamentais da Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Coordenador do curso de mestrado da Faculdade de Direito de Vitória-ES. Ex-Professor colaborador do programa de pós-graduação (mestrado) em direito processual civil da UFES. Presidente da Academia Brasileira de Direitos Humanos para o quadriênio 2009-2013.

Tema: Democracia, Constitucionalismo e Direitos Humanos na perspectiva contemporânea.

• Palestrante: Júlio César Pompeu – UFES
Mestre pela PUC _ RJ. Cursa doutorado em Psicologia na UFES. Atualmente é presidente do Conselho de Ética Pública do Estado do Espírito Santo e professor da UFES. Pesquisa os comportamentos morais em campos sociais específicos, principalmente no campo jurídico, a partir de um triplo eixo: representações sociais, ideologias e relações de poder.

Tema: Entre a lei e a política: um falso dilema dos juízes.

Coordenador: Manoel Alves Rabelo – UFES
É Doutor e Mestre em Direito Administrativo pela. É Professor Adjunto do Departamento de Direito e Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito - Mestrado em Direito Processual da Universidade Federal do Espírito Santo. É Desembargador do TJ-ES. Atualmente é Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo.


Homenageados: Prof. Geraldo Vieira Simões Filho e

Prof. Aroldo Limonge


Mesa de Direito Tributário (09/11- Terça-Feira - NOITE: 19h)


• Palestrante: Evandro de Castro Bastos – UFES

Mestre em Direito do Estado na PUC-SP. Professor Efetivo do Departamento de Direito da UFES nas disciplinas de Direito Administrativo e Urbanístico. Autor de artigos jurídicos publicados em revistas e periódicos. Procurador do Município de Vitória/ES. Advogado nas áreas de Direito Público: Constitucional, Administrativo, Urbanístico, Ambiental, Eleitoral e Trabalhista. Atualmente. Conselheiro Federal Suplente da OAB e Membro da Comissão Nacional da Advocacia Pública do Conselho Federal da OAB e Presidente da ANPM - Associação Nacional dos Procuradores Municipais

Tema: A Advocacia Publica no ordenamento jurídico brasileiro

Palestrante: Ricarlos Almagro Vitoriano Cunha – UFRJ
É Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFRJ, Especialista em Direito Processual Público pela UFF-RJ Especialista em Argumentação Jurídica pela Universidade de Alicante - Espanha, Especialista em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília, Mestre em Direito pela UGF-RJ, Doutorando em Direito pela PUC-Minas e Doutorando em Filosofia pela UFRJ. Foi Procurador Federal (INSS). Atualmente é Juiz Federal, titular da 4ª Vara Federal de Vitória-ES, membro do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) e Diretor do Foro da Seção Judiciária do Espírito Santo e professor da UFRJ.

Tema: Reflexos da Natureza e o Tempo do Lançamento do Tributário na Práxis Judicial.

Palestrante: Cristiane Mendonça – UFES

Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Espírito Santo e advogada. Procuradora do Município de Vitória. Foi Procuradora Geral do Estado do Espírito Santo. Foi Presidente do Conselho de Ética Pública Estadual. Foi Secretária da Fazenda do Estado do Espírito.


Tema: A Reforma Tributária.

Coordenador: Thiago Figueiredo Gonçalves – UFES
Doutor e Mestre em Direito pela PUC-SP, Professor da Escola da Magistratura do Espírito Santo - EMES, Advogado. Leciona as disciplinas Direito Processual Civil III e Estágio de Prática Jurídica Cível na Universidade Federal do Espírito Santo – UFES.

Participação: Profª. Dora Berger – UFES
Graduada em Direito pela UFES , especialista em Direito Empresarial pela Max Planck Institut de Hamburg, mestrado em Mestrado em Direito pela Universidade Gama Filho e Doutora em Direito Empresarial pela Max Planck Institut de Hamburg. Atualmente é Professora da UFES.

Processo Civil Constitucional (10/11– Quarta-Feira – MANHÃ – 8h)


• Palestrante: Geovany Cardoso Jeveaux – UFES
Graduado em Direito pela UFES, mestre em Direito pela PUC - RJ e doutor em Direito pela Universidade Gama Filho – RJ. Atualmente é Juiz Federal do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região e professor da UFES.

Tema: O acesso qualitativo à justiça.

Palestrante: Cleanto Guimarães Siqueira – UFES
Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Professor da UFES e autor de diversas obras jurídicas.

Tema: Alguns Aspectos do Anteprojeto do Novo Código Processo Civil.

• Palestrante: Flávio Cheim Jorge – UFES

É Mestre e Doutor em Direito (Direito das Relações Sociais Direito Processual Civil) pela PUC/SP. Foi Juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo Classe dos Juristas nos biênios 2004/2006 e 2006/2008. Atualmente é professor da UFES e advogado.

Tema: A impugnação das decisões e o acesso a justiça.

Coordenador: Marcelo Abelha Rodrigues – UFES
É doutor e mestre em direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente é Professor da graduação e do mestrado da UFES e advogado. O Autor de diversas obras na área de direito processual civil e direito ambiental.

Participação – Prof. Hélio Mario de Arruda – UFES
Graduado e especialista em Direito pela UFRJ. Mestre em História Social das Relações Políticas pela UFES. É professor do Departamento de Direito da UFES e Pertence ao Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB.


Mesa de Direitos Humanos (10/11 – Quarta-Feira - NOITE: 19h)

• Palestante: Perly Cipriano
Militante político participou do congresso da UNE em Valinhos S.Paulo. Preso pelo Exercito do 31º Batalhão de Infantaria em Vila Velha –ES. Em 1966 foi eleito presidente do Diretório Acadêmico em 1967. Sendo preso pelo Dops em Niterói RJ, neste mesmo ano. Foi para Ucrânia, na antiga URSS, cursou Direito Internacional. Retorna ao Brasil em 1969 e passa atuar clandestinamente como militante da ALN –Ação de Libertação Nacional. Em março de 1970 foi preso e torturado pela PM em Olinda, PE. Foi condenado a 94 anos e 8 meses de prisão. Acrescido as condenações estavam também 60 anos de perdas dos direitos políticos. Em dezembro de 1979 sai da prisão na condição de Liberado Condicional, portanto não anistiado. Fundador do PT, 1980. Foi chefe de Gabinete da Prefeitura de Vitória-ES, Deputado Estadual, Secretário de Estado de Justiça e Cidadania. Assumiu a Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da SEDH (2003 a 2010). Autor de três livros: “Fome de Liberdade” juntamente com Gilney Viana, historiando a luta e as greves de fome, “Pequenas Histórias de Cadeia” e também “Vai quem quer”.

Tema: Direitos Humanos e a Construção de um Projeto de Nação

Palestrante: Adib Pereira Netto Salim – UFES

Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é Juiz do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª região e professor da Universidade Federal do Espírito Santo.

Tema: O Valor Social do Trabalho.

Palestrante: Carlos Henrique Bezerra Leite – UFES

Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Desembargador Federal do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 17a. Região/ES. Diretor da Escola de Magistratura da Justiça do Trabalho no Estado do Espírito Santo - EMATRA/ES e professor da UFES.

Tema: Acesso à Justiça como Direito Humano e Fundamental.

Coordenadora: Margareth Vetis Zaganelli – UFES.
Doutora em Direito pela UFMG. Atualmente é Professora da UFES, atuando como docente no Curso de Graduação em Direito e no Mestrado em Direito Processual Civil da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES; Vice-diretora do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES; advogada; conferencista e escritora.

Participação - Luiz Antônio Dagiós – UFES
Mestre em Teologia Moral pela Pontificia Universidade Lateranense - Vaticano e Doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista - SP. Atualmente é professor da UFES.


Mesa de Direito Internacional (11/11 – Quinta-Feira – MANHÃ - 8hs)

Palestrante: Martha Olivar Jimenez – UFRGS
Graduada em Direito - Universidad Colegio Mayor de Nuestra Señora Del Rosário – Colômbia , Mestre - Droit Communautaire - Université Robert Schuman Strasbourg III – França e Doutora em L'université Robert Schuman Mention Droit Communautaire- Université Robert Schuman Strasbourg III - França. Atualmente é professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Tema: O Que Muda No Brasil Com A Entrada Em Vigor da Convenção de Viena.

Palestrante: Valesca Raizer Borges Moschen – UFES
Graduada em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo e Doutora em Direito e Relações Internacionais pela Universidade de Barcelona. Atualmente é Professora do Departamento de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo, atuando nos cursos de Graduação em Direito e Pós-Graduação Mestrado em Direito Processual.

Tema: A Convenção de Haia e o Acesso a Justiça

Palestrante: Vera Maria Jacob de Fradera – UFRGS
Graduada em Direito pela PUC - RS e especialista em Direito Civil pela UFGRS, especialização em Direito Comparado pela Universite de Paris II Up II, mestrado em Direito Comunitário pela Universite de Paris II Up II . Doutora em Direito pela Universite de Paris II Up II. Atualmente é Professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Membro de corpo editorial da Revista Crítica de Direito Notarial e Registral, Membro de corpo editorial da Revista da Faculdade de Direito. Membro de corpo editorial da Revista de Derecho Comparado (Argentina).

Tema: "A Convenção de Viena de 1980 e a perspectiva de sua próxima aprovação pelo Brasil".

COORDENADOR: Fernando Estevam Bravin Ruy – UFES
É doutorando pela Faculdade de Direito de Lisboa (Portugal) e mestre em Direito pela Universidade Gama Filho. Juiz de Direito de Entrância Especial e Juiz da 3ª Turma do Colégio Recursal do Estado do Espírito Santo, professor mestre da Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo e professor assistente da Universidade Federal do Espírito Santo.

Mesa de Filosofia do Direito (11/11 – Quinta-Feira – Noite - 19h)

Palestrante: Ricardo Álvares da Silva Campos Jr. PUC-SP
Graduado em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. É especialista e mestre em direito tributário pela PUC/SP. Atualmente, advoga e ministra aulas em vários cursos de graduação e pós graduação no Estado do Espírito Santo.

Tema: Norma Jurídica como Paradigma Interpretatico – Kant x Kelsen

Palestrante: Angel Rafael Mariño Castellanos – UFES
Professor da UFES, atuando na Graduação e Pós Graduação (Especialização e Mestrado) em Direito. Possui Graduação e Doutorado em Direito pela Universidad de Oriente - Santiago de Cuba, este último devidamente revalidado pela Universidade de São Paulo. Foi assessor da Comissão de Assuntos Constitucionais e Jurídicos do Congresso de Cuba - Assembleia Nacional do Poder Popular (Legislatura 1992-1997).

Tema: A função política do STF o afasta de atuar com um Tribunal de Direito

Palestrante: José Pedro Luchi – UFES
Graduado em Matemática pela Universidade Estadual de Montes Claros, graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, mestrado em Filosofia pela Pontificia Università Gregoriana e doutorado em Filosofia pela Pontificia Università Gregoriana. Atualmente é professor da UFES.

Tema: Hegel sobre a relação entre Religião e Estado

Coordenador: Prof. Tárek Moysés Moussallem – UFES
Doutor e Mestre pela PUC-SP. Atualmente é professor e coordenador do curso de direito da UFES e Advogado.

Participação: Prof. Paulo Velten – UFES

Mestre em Políticas Públicas e processo pela Faculdade de Direito de Campos. Atualmente é professor da UFES.


Mesa de Direito Civil Constitucional (12/11 – Sexta-Feira - MANHÃ - 8h)

Palestrante: Alvaro Manoel Rosindo Bourguignon – UFES

Graduado em Direito pela UFES e Doutorando em Direito pela PUC - SP, Desembargador do Egrégio Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Professor Mestre do Curso de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo e - Professor da Escola da Magistratura do Espírito Santo – EMES.

Tema: A Função Social da Propriedade e a Legitimação Constitucional do seu Exercício

Palestrante: Lucas Abreu Barroso – UFES

Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Mestre em Direito pela Universidade Federal de Goiás; Autor/Coordenador de diversos livros e revistas na área jurídica; Autor de vários artigos jurídicos publicados em revistas nacionais e estrangeiras; Professor universitário, de pós-graduação lato sensu e em cursos preparatórios para as carreiras jurídicas.

Tema: "A dignidade em contradição: desafios para a efetividade da função social da família".

Palestrante: Francisco Vieira Lima Neto – UFES

Doutor em Direito Civil pela Universidade de São Paulo-USP, Mestre em Direito Civil pela UFRJ, graduado em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente é professor da Universidade Federal do Espírito Santo e Procurador Geral da mesma Universidade.

Tema: O Divórcio na Constituição


Coordenador: Prof. Gilberto Fachetti Silvestre – UFES

É Professor da Universidade Federal do Espírito Santo e Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da UFES. Atualmente, é Coordenador do Colegiado do Curso de Direito da UFES e Advogado.



Participação: Prof. Annibal de Rezende Lima – UFES

Graduado em Direito pela UFES. Advogado militante, Procurador do Estado do Espírito Santo, Professor do Departamento de Direito - UFES - desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.



ENCERRAMENTO

Mesa de Direito Penal (12/11 – Sexta-Feira - NOITE - 19hs)

Palestrante: Sérgio Salomão Shecaira – USP

Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo, Especialista em Direito Público, Mestre em Direito Penal pela Universidade de São Paulo, Doutor em Direito Penal pela Universidade de São Paulo, Livre-docência em criminologia. É ex-presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e ex-presidente do IBCCRIM. Atualmente é Professor Titular da Universidade de São Paulo.

TEMA: Avaliação da Política Criminal No Brasil

Palestrante: Marcellus Polastri Lima – UFES

Mestre e doutor em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, Procurador de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, onde presta assessoria ao Procurador-Geral de Justiça. Atualmente professor-doutor titular da Universidade Federal do Espírito Santo. Autor de diversas obras.

Tema: Aspectos sobre a prova penal e a reforma de 2008

Paestrante: Catarina Cecin Gazele – UFES

Graduada em Direito pela Universidade Federal Fluminense e mestrado em História pela Universidade Federal do Espírito Santo. Procuradora-Geral de Justiça do Estado do Espírito Santo e professora da UFES.

Tema: A violência Intrafamiliar no Brasil sob o olhar do Direito Penal.


Coordenador: Alexandre Castro Coura – UFES

Mestrado e Doutorado em Direito Constitucional pela UFMG. Integra ao corpo docente da Faculdade de Direito de Vitória e da Universidade Federal do Espírito Santo. É membro do Ministério Público do Estado do Espírito Santo.

Participação: André Luiz Moreira
Advogado, Presidente do conselho Estadual da Criança e do Adolescente da do ES.

Participação: Prof. Luiz Antonio Soares
Graduado em Direito pela Faculdade de Direito Conselheiro Lafaiete e mestrado em Direito pela Universidade Estácio de Sá. Atualmente é professor da Universidade Federal do Espírito Santo e desembargador federal - Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Realização
Centro Acadêmico Roberto Lyra Filho

Coordenadora do Evento: Jacimar Bom-Fim
Contato: Jacimar - 0 27 9917-7208

Apoio:
Departamento de Direito
Colegiado do Curso de Direito
Mestrado do Curso de Direito





domingo, 24 de outubro de 2010

Os porões da privataria, o livro que o Serra deseja esconder.

Os porões da privataria


Quem recebeu e quem pagou propina. Quem enriqueceu na função pública. Quem usou o poder para jogar dinheiro público na ciranda da privataria. Quem obteve perdões escandalosos de bancos públicos. Quem assistiu os parentes movimentarem milhões em paraísos fiscais. Um livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou nas mais importantes redações do país, tornando-se um especialista na investigação de crimes de lavagem do dinheiro, vai descrever os porões da privatização da era FHC. Seus personagens pensaram ou pilotaram o processo de venda das empresas estatais. Ou se aproveitaram do processo. Ribeiro Jr. promete mostrar, além disso, como ter parentes ou amigos no alto tucanato ajudou a construir fortunas. Entre as figuras de destaque da narrativa estão o ex-tesoureiro de campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio de Oliveira, o próprio Serra e três dos seus parentes: a filha Verônica Serra, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marin Preciado. Todos eles, afirma, tem o que explicar ao Brasil.

Ribeiro Jr. vai detalhar, por exemplo, as ligações perigosas de José Serra com seu clã. A começar por seu primo Gregório Marín Preciado, casado com a prima do ex-governador Vicência Talan Marín. Além de primos, os dois foram sócios. O “Espanhol”, como (Marin) é conhecido, precisa explicar onde obteve US$ 3,2 milhões para depositar em contas de uma empresa vinculada a Ricardo Sérgio de Oliveira, homem-forte do Banco do Brasil durante as privatizações dos anos 1990. E continuará relatando como funcionam as empresas offshores semeadas em paraísos fiscais do Caribe pela filha – e sócia — do ex-governador, Verônica Serra e por seu genro, Alexandre Bourgeois. Como os dois tiram vantagem das suas operações, como seu dinheiro ingressa no Brasil …

Atrás da máxima “Siga o dinheiro!”, Ribeiro Jr perseguiu o caminho de ida e volta dos valores movimentados por políticos e empresários entre o Brasil e os paraísos fiscais do Caribe, mais especificamente as Ilhas Virgens Britânicas, descoberta por Cristóvão Colombo em 1493 e por muitos brasileiros espertos depois disso. Nestas ilhas, uma empresa equivale a uma caixa postal, as contas bancárias ocultam o nome do titular e a população de pessoas jurídicas é maior do que a de pessoas de carne e osso. Não é por acaso que todo dinheiro de origem suspeita busca refúgio nos paraísos fiscais, onde também são purificados os recursos do narcotráfico, do contrabando, do tráfico de mulheres, do terrorismo e da corrupção.

A trajetória do empresário Gregório Marin Preciado, ex-sócio, doador de campanha e primo do candidato do PSDB à Presidência da República mescla uma atuação no Brasil e no exterior. Ex-integrante do conselho de administração do Banco do Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público paulista – nomeado quando Serra era secretário de planejamento do governo estadual, Preciado obteve uma redução de sua dívida no Banco do Brasil de R$ 448 milhões (1) para irrisórios R$ 4,1 milhões. Na época, Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor da área internacional do BB e o todo-poderoso articulador das privatizações sob FHC.

(Ricardo Sergio é aquele do “estamos no limite da irresponsabilidade. Se der m… “, o momento Péricles de Atenas do Governo do Farol – PHA)

Ricardo Sérgio também ajudaria o primo de Serra, representante da Iberdrola, da Espanha, a montar o consórcio Guaraniana. Sob influência do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, mesmo sendo Preciado devedor milionário e relapso do BB, o banco também se juntaria ao Guaraniana para disputar e ganhar o leilão de três estatais do setor elétrico (2).

O que é mais inexplicável, segundo o autor, é que o primo de Serra, imerso em dívidas, tenha depositado US$ 3,2 milhões no exterior através da chamada conta Beacon Hill, no banco JP Morgan Chase, em Nova York. É o que revelam documentos inéditos obtidos dos registros da própria Beacon Hill em poder de Ribeiro Jr. E mais importante ainda é que a bolada tenha beneficiado a Franton Interprises. Coincidentemente, a mesma empresa que recebeu depósitos do ex-tesoureiro de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, de seu sócio Ronaldo de Souza e da empresa de ambos, a Consultatun. A Franton, segundo Ribeiro, pertence a Ricardo Sérgio.


A documentação da Beacon Hill levantada pelo repórter investigativo radiografa uma notável movimentação bancária nos Estados Unidos realizada pelo primo supostamente arruinado do ex-governador. Os comprovantes detalham que a dinheirama depositada pelo parente do candidato tucano à Presidência na Franton oscila de US$ 17 mil (3 de outubro de 2001) até US$ 375 mil (10 de outubro de 2002). Os lançamentos presentes na base de dados da Beacon Hill se referem a três anos. E indicam que Preciado lidou com enormes somas em dois anos eleitorais – 1998 e 2002 – e em outro pré-eleitoral – 2001. Seu período mais prolífico foi 2002, quando o primo disputou a presidência contra Lula. A soma depositada bateu em US$ 1,5 milhão.
O maior depósito do endividado primo de Serra na Beacon Hill, porém, ocorreu em 25 de setembro de 2001. Foi quando destinou à offshore Rigler o montante de US$ 404 mil. A Rigler, aberta no Uruguai, outro paraíso fiscal, pertenceria ao doleiro carioca Dario Messer, figurinha fácil desse universo de transações subterrâneas. Na operação Sexta-Feira 13, da Polícia Federal, desfechada no ano passado, o Ministério Público Federal apontou Messer como um dos autores do ilusionismo financeiro que movimentou, através de contas no exterior, US$ 20 milhões derivados de fraudes praticadas por três empresários em licitações do Ministério da Saúde.

O esquema Beacon Hill enredou vários famosos, entre eles o banqueiro Daniel Dantas. Investigada no Brasil e nos Estados Unidos, a Beacon Hill foi condenada pela justiça norte-americana, em 2004, por operar contra a lei.

Percorrendo os caminhos e descaminhos dos milhões extraídos do país para passear nos paraísos fiscais, Ribeiro Jr. constatou a prodigalidade com que o círculo mais íntimo dos cardeais tucanos abre empresas nestes édens financeiros sob as palmeiras e o sol do Caribe. Foi assim com Verônica Serra. Sócia do pai na ACP Análise da Conjuntura, firma que funcionava em São Paulo em imóvel de Gregório Preciado, Verônica começou instalando, na Flórida, a empresa Decidir.com.br, em sociedade com Verônica Dantas, irmã e sócia do banqueiro Daniel Dantas, que arrematou várias empresas nos leilões de privatização realizados na era FHC.

Financiada pelo banco Opportunity, de Dantas, a empresa possui capital de US$ 5 milhões. Logo se transfere com o nome Decidir International Limited para o escritório do Ctco Building, em Road Town, ilha de Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas. A Decidir do Caribe consegue trazer todo o ervanário para o Brasil ao comprar R$ 10 milhões em ações da Decidir do Brasil.com.br, que funciona no escritório da própria Verônica Serra, vice-presidente da empresa. Como se percebe, todas as empresas tem o mesmo nome. É o que Ribeiro Jr. apelida de “empresas-camaleão”. No jogo de gato e rato com quem estiver interessado em saber, de fato, o que as empresas representam e praticam é preciso apagar as pegadas. É uma das dissimulações mais corriqueiras detectada na investigação.

Não é outro o estratagema seguido pelo marido de Verônica, o empresário Alexandre Bourgeois. O genro de Serra abre a Iconexa Inc no mesmo escritório do Ctco Building, nas Ilhas Virgens Britânicas, que interna dinheiro no Brasil ao investir R$ 7,5 milhões em ações da Superbird. com.br que depois muda de nome para Iconexa S.A…Cria também a Vex capital no Ctco Building, enquanto Verônica passa a movimentar a Oltec Management no mesmo paraíso fiscal. “São empresas-ônibus”, na expressão de Ribeiro Jr., ou seja, levam dinheiro de um lado para o outro.

De modo geral, as offshores cumprem o papel de justificar perante o Banco Central e à Receita Federal a entrada de capital estrangeiro por meio da aquisição de cotas de outras empresas, geralmente de capital fechado, abertas no país. Muitas vezes, as offshores compram ações de empresas brasileiras em operações casadas na Bolsa de Valores. São frequentemente operações simuladas tendo como finalidade única internar dinheiro nas quais os procuradores dessas offshores acabam comprando ações de suas próprias empresas… Em outras ocasiões, a entrada de capital acontecia através de sucessivos aumentos de capital da empresa brasileira pela sócia cotista no Caribe, maneira de obter do BC a autorização de aporte do capital no Brasil. Um emprego alternativo das offshores é usá-las para adquirir imóveis no país.

Depois de manusear centenas de documentos, Ribeiro Jr. observa que Ricardo Sérgio, o pivô das privatizações — que articulou os consórcios usando o dinheiro do BB e do fundo de previdência dos funcionários do banco, a Previ, “no limite da irresponsabilidade” conforme foi gravado no famoso “Grampo do BNDES” — foi o pioneiro nas aventuras caribenhas entre o alto tucanato. Abriu a trilha rumo às offshores e as contas sigilosas da América Central ainda nos anos 1980. Fundou a offshore Andover, que depositaria dinheiro na Westchester, em São Paulo, que também lhe pertenceria…

Ribeiro Jr. promete outras revelações. Uma delas diz respeito a um dos maiores empresários brasileiros, suspeito de pagar propina durante o leilão das estatais, o que sempre desmentiu. Agora, porém, existe evidência, também obtida na conta Beacon Hill, do pagamento da US$ 410 mil por parte da empresa offshore Infinity Trading, pertencente ao empresário, à Franton Interprises, ligada a Ricardo Sérgio.

(1)A dívida de Preciado com o Banco do Brasil foi estimada em US$ 140 milhões, segundo declarou o próprio devedor. Esta quantia foi convertida em reais tendo-se como base a cotação cambial do período de aproximadamente R$ 3,2 por um dólar.

(2)As empresas arrematadas foram a Coelba, da Bahia, a Cosern, do Rio Grande do Norte, e a Celpe, de Pernambuco.


(*) PiG: Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/06/04/livro-desnuda-a-relacao-de-serra-com-dantas-e-por-isso-que-serra-se-aloprou/

UM TEXTO PARA QUE VOCÊS POSSAM REFLETIR...

UM TEXTO PARA QUE VOCÊS POSSAM REFLETIR...


Caros colegas, abaixo uma carta de um típico eleitor do Serra explicando os motivos para se evitar a Dilma e votar no Nosferatu do Mercado Municipal de São Paulo:

CANSEI!!!

“Cansei…Basta”! Vou votar no Serra...

Cansei de ir ao supermercado e encontrá-lo cheio. O alimento está barato demais. O salário dos pobres aumentou, e qualquer um agora se mete a comprar, carne, queijo, presunto, hambúrguer e iogurte.

Cansei dos bares e restaurantes lotados nos fins de semana. Se sobra algum, a gentalha toda vai para a noite. Cansei dessa demagogia.

Cansei de ir em Shopping e ver a pobreza comprando e desfilando com seus celulares.

O governo reduziu os impostos para os computadores. A Internet virou coisa de qualquer um. Pode? Até o filho da manicure, pedreiro, catador de papel, agora navega…

Cansei dos estacionamentos sem vaga. Com essa coisa de juro a juro baixo, todo mundo tem carro, até a minha empregada. ” É uma vergonha! “, como dizia o Boris Casoy. Com o Serra os congestionamentos vão acabar, porque como em S.Paulo, vai instalar postos de pedágio nas estradas brasileiras a cada 35 km e cobrar caro.

Cansei da moda banalizada. Agora, qualquer um pode botar uma confecção. Tem até crédito oferecido pelo governo. O que era exclusivo da Oscar Freire, agora, se vende até no camelô da 25 de Março e no Braz.

Vergonha, vergonha, vergonha…

Cansei dessa coisa de biodiesel, de agricultura familiar. O caseiro do meu sítio agora virou “empreendedor” no Nordeste. Pode?

Cansei dessa coisa assistencialista de Bolsa Família. Esse dinheiro poderia ser utilizado para abater a dívida dos empresários de comunicação (Globo, SBT, Band, RedeTV, CNT, Fôlha SP, Estadão, etc.). A coitada da “Veja” passando dificuldade e esse governo alimentando gabiru em Pernambuco. É o fim do mundo.

Cansei dessa história de PROUNI, que botou esses tipinhos, sem berço, na universidade. Até índio, agora, vira médico e advogado. É um desrespeito… Meus filhos, que foram bem criados, precisam conviver e competir com essa raça.

Cansei dessa história de Luz para Todos. Os capiaus, agora, vão assistir TV até tarde. E, lógico, vão acordar ao meio-dia. Quem vai cuidar da lavoura do Brasil? Diga aí, seu Lula…

Cansei dessa história de facilitar a construção e a compra da casa própria. E os coitados que vivem de cobrar aluguéis? O que será deles? Cansei dessa palhaçada da desvalorização do dólar. Agora, qualquer um tem MP3, celular e câmera digital. Qualquer umazinha, aqui do prédio, vai passar férias no Exterior. É o fim…”

Vou votar no Serra. Cansei, vou votar no Serra, porque quero de volta as emoções fortes do governo de FHC, quero investir no dólar em disparada e aproveitar a inflação. Investir em ações de Estatais quase de graça e vender com altos lucros. Chega dessa baboseira politicamente correta, dessa hipocrisia de cooperação. O motor da vida é a disputa, o risco… Quem pode, pode, quem não pode, se sacode. Tenho culpa se meu pai era mais esperto que os outros para ganhar dinheiro comprando ações de Estatais quase de graça? Eles que vão trabalhar, vagabundos, porque no capitalismo vence quem tem mais competência. É o único jeito de organizar a sociedade, de mostrar quem é superior e quem é inferior.

Quero os 500 anos de oligarquia autoritária, corrupta e escravizante de volta. Quero também os Arminios Fragas&outros pulhas, que transformaram a Vale e a Embratel em meros ativos para vender a preço de banana para os “amigos do rei”. Quero de volta a quadrilha do FHC, escondendo escândalos, maracutaias e compra de votos no Congresso. Onde já se viu: nesta terra sem lei chamada Brasil, só a direita corrupta tem o direito de roubar, o resto tem que trabalhar duro, com salário de fome para que os tubarões, empresários e banqueiros, comprarem seus jatinhos e iates além de mandarem dinheiro para paraísos fiscais. Quero o Serra&quadrilha fazendo pelo país o que fez com os funcionários públicos, professores, médicos e policiais do estado de São Paulo passarem 14 anos a míngua. Tem que arrebentar essa pobralhada.

Eu ia anular, mas cansei. Basta! Vou votar no Serra. Quero ver essa gentalha no lugar que lhe é devido. Quero minha felicidade de volta.”

(Procurei, mas não achei referência à autoria .)

http://ricoguimaraes.blogspot.com/








Abram o olho, cidadãos conscientes!!!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

STF derruba exigência de dois documentos para votar

Por oito votos a dois, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou nesta quinta-feira (30) a dupla exigência de apresentação do título de eleitor e de outro documento oficial com foto para que o eleitor possa votar no pleito de outubro. Apenas os ministros Gilmar Mendes e Cezar Peluso se manifestaram em favor da cobrança dos dois documentos de identificação por considerarem que essa obrigatoriedade não representaria afronta à Constituição.

Pelo entendimento vencedor, cada eleitor poderá votar ainda que não estiver portando o título, mas precisa apresentar um documento de identificação oficial com foto para ter direito a depositar seus votos na urna eletrônica.

Em uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI), o Partido dos Trabalhadores (PT), ao questionar a necessidade de exigir do eleitor um documento com foto além do título eleitoral, argumentou que a obrigatoriedade de dupla documentação representava "cerceamento legal ao direito político do cidadão" e "burocracia desnecessária no momento da votação", violando o princípio constitucional da universalidade do sufrágio.

A estratégia dos petistas se baseia no fato de que a candidata do partido à presidência da República, Dilma Rousseff, tem forte preferência do eleitorado de mais baixa renda, que poderia não ter os dois documentos para votar e eventualmente representariam maior índice de abstenção no pleito.

Relatora do caso, a ministra Ellen Gracie defendeu no primeiro dia de julgamento, nesta quarta-feira (29), que o eleitor não poderia ser barrado por não portar os dois documentos na hora da votação. "A apresentação do título não oferece qualquer garantia de lisura ao processo eleitoral. Estou convicta que a norma jurídica contestada (...) estabeleceu na verdade a obrigatoriedade de um documento oficial de identificação com foto. A presença do titulo eleitoral, a praxe, não é tão indispensável quanto a identificação com fotografia", afirmou a ministra, que teve a tese seguida por outros sete colegas de Plenário.

"É dentro da perspectiva da extensão da teoria do desvio de poder que o Estado não dispõe de competência para legislar ilimitadamente, de forma imoderada. O direito ao voto é mais importante do que portar o título naquele momento (do voto)", resumiu o decano do STF, Celso de Mello.

Em sentido contrário, o presidente do STF, Cezar Peluso, criticou a decisão de abolir a dupla exigência de documentação, afirmando que, com essa proposta, a Suprema Corte "acabou de decretar o fim do título eleitoral". "Não encontro ofensa a nenhuma norma constitucional. O título de eleitor é o título jurídico que prova a condição de eleitor, de alguém que está inscrito em uma determinada seção. Não é lembrete de local de votação", disse, observando que exigir os dois documentos não poderia ser considerado "desproporcional, desmedido ou irrazoável".

Também voto vencido, o ministro Gilmar Mendes admitiu que a obrigatoriedade de se portar dois documentos oficiais, sendo um com foto, poderia gerar "inconveniência" e "atrapalhos" aos eleitores, mas disse que isso não significaria violação à Constituição Federal. "Pode ser que tenhamos uma lei que apresente inconvenientes, mas não é per se inconstitucional", salientou Mendes.

http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4709967-EI15315,00-STF+derruba+exigencia+de+dois+documentos+para+votar.html

Agora sim, o eleitor poderá exercer seu direito de votar.