sexta-feira, 25 de junho de 2010

Dunga em UM DIA DE FÚRIA!

Adoro a criatividade brasileira!

É demais esse vídeo.

Duguei. rsrrs.

Copa da África desmente promessas de desenvolvimento e escancara apartheid intacto

Por Gabriel Brito, 25.06.2010


Começou na última sexta-feira a 19º. Copa do Mundo, a primeira realizada na África, no país tido como o mais desenvolvido do continente, a África do Sul. Oportunidade única para levar o melhor do esporte mais popular de todos a localidades carentes de grandes torneios em seus cenários nacionais, como é o caso da sede de 2010.

Porém, em um país que ainda se encontra longe de dirimir as diferenças do passado, a Copa acabou se transformando em uma excelente oportunidade de mostrar ao mundo como seguem latentes as tensões entre ricos e pobres, que ainda devem ser lidas como entre brancos e negros.
Para os brasileiros, é uma ocasião ainda mais importante para que possamos observar o que está por vir com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A forma como os preparativos foram feitos por lá em muito se assemelha com as tendências que vemos se desenhar cá.

Qualquer semelhança não será mera coincidência…

“Os despejos se multiplicaram nos últimos anos, em parte pelo aumento do preço da terra e em parte porque a prefeitura da Cidade do Cabo não nos quer tão perto do centro, onde os turistas podem nos ver”, conta Gayika Tshawe, dirigente comunitário do Joe Slovo, terreno que une alguns dos milhares de excluídos da festa da nação arco-íris, em matéria de Joan Canela i Barrull, no catalão El Periodico.

Com a organização do Mundial tendo custado cerca de 8 bilhões de reais, integralmente bancados pelo governo, já ficava claro antes do apito inicial que as promessas de melhorias de vida para a população eram cortina de fumaça. Sem esse argumento, é impossível convencer um povo repleto de carências a apoiar tal empreitada.

No período de obras, atrasadas por diversos motivos estruturais, incontáveis greves dos operários que labutavam pela Copa (e por suas famílias, claro) foram registradas, a mais famosa dela a dos que construíam o palco principal. Mesmo trabalhando para um evento bilionário, a reclamação era sobretudo a respeito dos baixos salários. E muitas outras paralisações ficaram só na ameaça por terem sido contornadas pelo Comitê Organizador e governo.

A Copa chegou e nada mudou. Dezenas de milhares de pessoas foram desalojadas para áreas muito mais distantes dos centros. Em Johanesburgo, para a construção do Soccer City, o maior estádio do Mundial, toda uma comunidade foi expulsa de seu terreno e realocada para cerca de 35 quilômetros dali, para uma precaríssima favela com barracos de zinco. Isso porque a capital do país já possuía dois outros estádios de grande porte.

“A Copa do Mundo fez a vida dos pobres ainda mais difícil. Muitas pessoas foram desalojadas para a construção de novos estádios. As pessoas não foram tiradas dos barracos para serem levadas a uma casa. Levaram-nas para outros barracos, sem luz, água, nada”, revela Therbani Ngonfoma, do Abahlali baseMjondolo (AbM), movimento que reúne cidadãos prejudicados pela Copa fundado em Durban, em 2005.

A FIFA que poucos conhecem
E se os africanos esperavam ao menos desfrutar a parte lúdica do evento, também se decepcionaram fortemente. A poucos meses da abertura, a FIFA anunciou que havia um encalhe de cerca de 800 mil ingressos, reclamando abertamente da falta de adesão do povo local ao Mundial. No entanto, ao analisarmos os fatos, veremos que foi a própria senhora do futebol quem propiciou este revés.

Primeiramente, ignorou-se a realidade econômica do país sede, com os ingressos sendo postos à venda somente por internet, com cartão de crédito e a preços similares aos da Alemanha-2006, fatores de exclusão imediata de uma infinidade de fãs. De quebra, para os estrangeiros, já atemorizados com as inúmeras notícias da violência das cidades sul-africanas, a intermediação das vendas era obrigatoriamente feita pela Match, agência oficial da FIFA, que tem como sócio Philip Blatter, sobrinho do ilustríssimo Joseph, presidente da entidade e sucessor de João Havelange, unanimemente considerado o homem que injetou o futebol-negócio em nossas veias.

E a incompetência (e avareza) da empresa apadrinhada por tio Blatter contribuiu de forma magnífica para que as previsões de 500 mil turistas no país caíssem pela metade. Por conta das imposições que a FIFA faz a toda sede, 80% dos quartos dos hotéis mais estrelados ficam reservados, e não tem conversa, para a Match. Sabendo-se dona do pedaço, a agência cobrou ágios de até 30% na hospedagem dentro dos pacotes de viagem. Assim, muitos torcedores resolveram assistir aos jogos de casa. E a rede hoteleira sul-africana ficou na mão.
Mas como toda boa famiglia, os laços sangüíneos tornam as relações inabaláveis. Philipinho Blatter também é dono da empresa que detém a prerrogativa de negociar os direitos de transmissão da Copa em nome da FIFA. Fora que sua consultoria para ajudar na organização de perfumarias da entidade lhe rendeu US$ 7 milhões em honorários.

Cabe perguntar por que as emissoras de TV interessadas em transmitir a Copa não podem ir à sede da federação em Zurique e sentar pra negociar diretamente com sua diretoria e departamentos comercial e jurídico. Cabe também questionar por que a intermediadora tem sede no mesmo local (Zug, na Suíça) da ISL, a antiga representante comercial da FIFA, cuja falência a justiça suíça comprovou ser uma fraude após seis sócios confessarem desvios de 96 milhões de dólares. Tais indagações podem ser feitas por qualquer um que leia ‘As contas erradas da FIFA’, no Le Monde brasileiro deste mês de junho.

Estádios revelam as contradições

Com o fiasco à vista, a entidade máxima do futebol anunciou que uma vasta quantidade de entradas seria vendida com preços especiais, isto é, acessíveis, exclusivamente para os cidadãos sul-africanos. Porém, a baderna imperou nas bilheterias e muita gente ficou sem conseguir seu bilhete. Além do mais, para a imensa comunidade nigeriana no país, a idéia não serviu para que pudessem prestigiar sua seleção na estréia contra os argentinos, que, mesmo vindo do outro lado do terceiro mundo, tinham mais apoiadores no estádio.

Quando enfim chegou o esperado 11 de junho, as contradições do país voltaram à tona. Enquanto a seleção da casa entrava em campo com seus atletas entoando a Shosholoza, histórico canto dos mineiros negros da época da segregação, uma platéia predominantemente branca tomava conta dos 88 mil assentos do novíssimo Soccer City. Era inacreditável, pois além de serem ampla maioria da população, o mundo inteiro sabe que, no país de Mandela, os brancos gostam de rugby e críquete, heranças coloniais, ao passo que os negros dedicam seu amor esportivo ao futebol de forma unânime.
Na seqüência das partidas, nós, telespectadores, continuamos a nos surpreender. A grande maioria dos jogos tinha um vazio que variava de 20% a 30% da capacidade das modernas e festejadas arenas. E que fique claro que, mesmo com as injustiças gritantes do país, os fãs locais do esporte bretão apreciam a Copa por lá. Na antevéspera da estréia dos Bafana Bafana, cerca de 200 mil pessoas entupiram o nobilíssimo bairro de Sandton, reduto da alva elite sul-africana, com apartamentos avaliados em 5 milhões de dólares. Com a estátua de Mandela ao centro da multidão, foi uma das poucas vezes que o distrito se tingiu com as cores da casa.

Uma Copa do Apartheid

Muitos sul-africanos não escondem a decepção com a vida pós-apartheid, especialmente a desilusão com o Congresso Nacional Africano, partido que representava os negros nas negociações pelo fim do regime racista e que repetiu um processo de encantamento e encastelamento no poder que conhecemos perfeitamente por aqui. “O CNA não cumpriu suas promessas, fazendo agora um apartheid entre ricos e pobres”, sentencia Therbani, em entrevista a Gloria Ramírez, da revista eletrônica Desinformémonos.

A cruel e definitiva prova de que a Copa do Mundo não foi feita para o povo africano está sendo dada no andamento da competição. Em Durban, dia 13, centenas de pessoas que se alistaram como prestadoras de serviço na Copa ficaram sem receber o valor combinado pelas mais de 12 horas trabalhadas no jogo Alemanha e Austrália. Foram reprimidas violentamente pela polícia e, mais de uma dezena, presas. “Temos família e trabalhamos o dia todo. Você acha isso justo?!”, indignou-se uma revoltada trabalhadora da Copa diante de meio mundo de câmeras.

No Internacional Broadcasting Center (IBC), QG da mídia no torneio e localizado na capital, todos os prestadores de serviço abandonaram seus postos neste dia 16 por verem a cor de somente metade dos 50 dólares diários combinados. Por ora, sabe-se lá até quando, é a própria polícia quem cuida da circulação de pessoas e demais tarefas que cabiam àqueles que ajudavam a organizar a Copa.

De volta para o futuro
Diante de todas as mazelas provocadas e/ou mantidas com o mundial sul-africano, podemos preparar melhor nossos anticorpos para os grandes eventos que se realizarão no Brasil. Desapropriações forçadas já estão sendo tentadas em áreas pobres e potencialmente rentáveis e a truculência do conluio governos/iniciativa privada já se faz sentir em diversas frentes.

Além das incontáveis licitações que serão esquecidas ‘em nome da urgência’, projetos como o de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro estão ameaçados pelo senso de oportunidade de Eike Baptista, aquele que triplicou sua fortuna sem triplicar a produção de seus empreendimentos em mágicos 12 meses. Fora que já está sendo articulado o assalto aos aeroportos (rentáveis) pelos privatistas.
“Parte da crise da Grécia é explicada pelos gastos extraordinários provocados pelas Olimpíadas de Atenas, em 2004. Em sociedades com frágil institucionalidade, megaprojetos são fértil campo de práticas de corrupção e da incompetência. Há alta probabilidade de que o Brasil cometa os mesmos erros dos gregos (endividamento interno e, principalmente, externo) que quebrarão as finanças públicas e o sistema financeiro brasileiro no pós 2014-16″, disse o economista Reinaldo Gonçalves em entrevista ao Portal IHU Online, em maio.   

Aliás, quem acompanha a renhida briga de bastidores sobre o estádio paulista da Copa de 2014 pode compreender a motivação da exclusão do Morumbi em favor de uma nova arena na cidade, no bairro de Pirituba, e fazer o paralelo com a Copa 2010. Por R$ 460 milhões, o governo sul-africano queria levantar o Athlone Stadium, na parte mais pobre da Cidade do Cabo. Poderosa, a FIFA conseguiu impor o Green Point, na já abastada, estruturada e turística orla local. Como informou a Folha de S. Paulo, o capricho adicionou R$ 540 milhões na conta do governo Jacob Zuma. Já o Soccer City cairá no colo da iniciativa privada pelos próximos 10 anos, depois de o governo local ter gasto 800 milhões de reais para erguê-lo – outra fortíssima tradição brasileira.

De acordo com o professor de Economia da Universidade de Kwa Zulu Natal, Patrick Bond, os projetos dos eventos esportivos que mais mobilizam a humanidade aproveitam-se do relaxamento e desinformação de seus majoritariamente humildes apreciadores para reproduzir um modelo de vida que provou não ser frutífero, quanto menos provido de alguma justiça. “O problema é que se hipotecou grande parte do orçamento público em infra-estruturas que reforçam o modelo de desenvolvimento neoliberal, em vez de se concentrarem em uma aposta social e sustentável”, declarou a Joan Barrul.

Os engravatados que se encarregam de organizar a festa mais assistida do mundo sabem perfeitamente disso. E, apesar de nunca terem chutado uma bola, já são os maiores ganhadores do Mundial. Só falta bordarem uma estrela no peito.

(*) Gabriel Brito é jornalista. Reportagem publicada originalmente no Correio da Cidadania.
http://www.fazendomedia.com/?p=4177

domingo, 13 de junho de 2010

Waving Flag K´naan - Abertura da Copa do Mundo 2010 _ FULL HD ®


Que lindo!!
O NOSSO BRASIL SENDO HOMENAGEADO NA COPA DO MUNDO.
ESTE É PAÍS DO GOVERNO LULA!
É O BRASIL SENDO RECONHECIDO NO MUNDO INTEIRO,
SÓ NÃO É PARA A IMPRENSA GOLPISTA.
PARABÉNS LULA!
DILMA PRESIDENTE.

K'naan & Skank - Wavin' Flag / Comemorar (tema da Copa da África do Sul ...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Estou farto do jurista copilador.


Justiça ética

Denival Francisco da Silva

*Estou farto de uma justiça pré-estabelecida,

Da sentença bem “comportada”,

Da decisão copilada do compêndio de jurisprudências com variações

mil e palavras medidas para referendar o Sr. Desembargador.

Estou farto de entraves processuais

que impedem uma decisão de mérito

e que poderia dizer as partes qual o direito.

Abaixo os juristas!

Todos os latinórios, sobretudo os aforismos impessoais.

Todas as expressões, sobretudo a práxis do não.

Todos os ritos, sobretudo os variáveis.

Estou fato do jurista copilador,

carreirista,

não crítico,

sincrético.

De toda justiça que bajula,

adula,

e não requer o que seja de interesseda justiça.

De resto não é justiça.

Será solução matemática para pilhas de processos,

cujas partesainda sonham com o ideal de justiça,

sem modelos de decisões e

as mesmas para não contrariar os juízos superiores.

Quero antes a justiça dos ingênuos e indigentes.

A justiça dos convalescentes.

A dura (in)justiça regente aos convalescentes,

a justiça dos justos como de Dom Hélder Câmara-

Não quero saber de justiça que não seja libertação.



* Juiz de Direito em Goiânia (GO) e autor do livro “Poemas iniciais em forma e contestação”, publicado pela Editora Kelps (WWW.kelps.com.br).

FONTE: GERIVALDO NEIVA - JUIZ DE DIREITO

http://blogdoitarcio.blogspot.com/2010/05/estou-farto-do-jurista-copilador.html

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A mídia e a tática da demonização

As pesquisas qualitativas dos institutos de pesquisa Datafolha e Ibope são bastante reveladoras de métodos tradicionais da velha mídia.


Até algum tempo atrás, uma das táticas mais bem sucedidas do jogo jornalístico consistia na demonização de personagens. Criavam personagens à altura dos filmes de terror classe B de Hollywood, passando para o leitor a sensação do perigo iminente, do vilão de sete vidas cujo único antídoto era o trabalho corajoso e pertinaz da mídia.

Depois da democratização, viveram esse personagem sucessivamente Orestes Quércia, Paulo Maluf, José Sarney, Fernando Collor, Sérgio Motta. Em caráter regional, Joaquim Roriz. Mais recentemente, Renan Calheiro e José Dirceu.
É só conferir o depoimento do leitor que foi pesquisado pelo IBOPE – com a pergunta sobre o que achava de José Dirceu – e a matéria de hoje da Folha, uma forçada de barra para colocar o nome de Dirceu na campanha.
um jogo tão óbvio que no ataque perpetrado pela Folha contra mim, a editora de Política Vera Magalhães colocou na matéria que, no tal episódio da Eletronet, eu tinha feito a defesa do Dirceu. Quem leu sabe que não houve nada disso, mas incluindo o nome do "maldito", julgava poder prescindir da necessidade de levantar argumentos consistentes sobre a cobertura que dei ao caso - e que comprometia a Folha.

Embora a própria opinião pública considerasse vilão maior, ACM jamais entrou nessa lista. Sempre foi poupado mercê dos grandes favores prestados a grupos de comunicação, quando foi Ministro de Sarney; e também graças às ligações com grupos de influência entre jornalistas – pessoas que, mesmo sem ocupar cargos de direção, lograram montar um séquito de aliados nas diversas redações.

Na ponta do lápis, não há grandes diferenças entre os métodos de alguns capitães de mídia e alguns coronéis políticos.

No início da série sobre a Veja, mostrei a estratégia da manipulação de escândalos, comparando a uma gôndola de supermercado, na qual o jornal retira o pacote de escândalo conveniente a cada momento, se não tem fabrica, com o intuito de transformar em arma dos seus próprios interesses pessoais. O denuncismo da mídia não obedece a uma lógica de depurar a política e controlar os poderes, mas como ferramenta de seus próprios interesses.

Logo depois, esse jogo se escancarou de maneira inédita com os desdobramentos do caso Satiagraha, no qual a velha mídia fuzilou reputações de juízes, desembargadores, jornalistas, delegados de polícia de forma inédita. E tudo isso em defesa de Daniel Dantas.

Com as características da política brasileira, a indignação seletiva pe desmascarada instantaneamente. Aliançcas são inevitáveis. Lula se alia a Collor e Renan; Serra a Quércia e Maluf; FHC recebe Joaquim Roriz. Ou seja, demônios para todos os gostos e partidos. A velha mídia seleciona apenas os dos adversários, praticando o velho jogo dos tempos das cortinas fechadas. Só que a blogosfera inteira acompanha o jogo de dentro do palco. Algo ridículo.

Por isso mesmo, esse denuncismo tende a perder força a cada momento. E, insistindo nesse jogo aberto – porque escancarado hoje pelas novas mídias – a velha mídia arrisca-se a ser o próximo ator do personagem que ela escolheu: o demônio da hora.Luis Nassif
http://wwwterrordonordeste.blogspot.com/

quarta-feira, 9 de junho de 2010

EU AMO A INTERNET: AQUI A INFORMAÇÃO É DE FATO.

NÃO SEI O QUE SERIA DO BRASIL NESTE MOMENTO SE NÃO HOUVESSE A INTERNET.
MAS O CAOS ESTARIA PIOR DO QUE A GRANDE IMPRESSA ANDA ESCREVENDO.
O QUE NÃO PODEMOS DEIXAR É QUE A INTERNET SEJA TRANSFORMADA EM UM MERCADO RESTRITO, COMO DESEJA O PIG.
VIVA INTERNET! DESMASCARANDO A GRANDE IMPRESSA COMERCIAL.
GRAÇAS AOS BLOGUEIROS SÉRIOS, DESTE PAÍS.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Discutindo o PiG - Partido da Imprensa Golpista - Parte 5.wmv

Paulo Henrique Amorin fala em seminário da tentativa do PIG em sabotar as eleições de 2010.

Tentativa de golpe irá ocorrer nas eleições de 2010.

E nós vamos deixar?

No Brasil não é possível recontar os votos!

E o PIG sabe muito bem disso.