Justiça ética
*Estou farto de uma justiça pré-estabelecida,
Da sentença bem “comportada”,
Da decisão copilada do compêndio de jurisprudências com variações
mil e palavras medidas para referendar o Sr. Desembargador.
Estou farto de entraves processuais
que impedem uma decisão de mérito
e que poderia dizer as partes qual o direito.
Abaixo os juristas!
Todos os latinórios, sobretudo os aforismos impessoais.
Todas as expressões, sobretudo a práxis do não.
Todos os ritos, sobretudo os variáveis.
Estou fato do jurista copilador,
carreirista,
não crítico,
sincrético.
De toda justiça que bajula,
adula,
e não requer o que seja de interesseda justiça.
De resto não é justiça.
Será solução matemática para pilhas de processos,
cujas partesainda sonham com o ideal de justiça,
sem modelos de decisões e
as mesmas para não contrariar os juízos superiores.
Quero antes a justiça dos ingênuos e indigentes.
A justiça dos convalescentes.
A dura (in)justiça regente aos convalescentes,
a justiça dos justos como de Dom Hélder Câmara-
Não quero saber de justiça que não seja libertação.
* Juiz de Direito em Goiânia (GO) e autor do livro “Poemas iniciais em forma e contestação”, publicado pela Editora Kelps (WWW.kelps.com.br).
FONTE: GERIVALDO NEIVA - JUIZ DE DIREITO
http://blogdoitarcio.blogspot.com/2010/05/estou-farto-do-jurista-copilador.html
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